Um apagão de grandes proporções deixou milhões de pessoas sem energia na Espanha e Portugal nesta segunda-feira, interrompendo serviços essenciais como transportes, comunicações e sistemas de emergência. As autoridades ainda investigam as causas do problema enquanto trabalham para normalizar o abastecimento.
O escritório nacional de segurança cibernética da Espanha levantou a possibilidade de um ataque cibernético, mas a hipótese foi descartada por Portugal e pela União Europeia. A distribuidora espanhola Red Eléctrica afirmou que o restabelecimento total pode levar até 10 horas, classificando o incidente como “excepcional e sem precedentes”.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, atribuiu a queda a uma oscilação na rede europeia, mas evitou especulações, pedindo à população que evite chamadas desnecessárias aos serviços de emergência. Enquanto isso, hospitais e aeroportos operam com geradores, e alguns voos enfrentam atrasos.
Em Portugal, o governo afirmou que o problema teria origem fora do país e mobilizou equipes de emergência para auxiliar pessoas presas em elevadores e metrôs. Ambos os países recebem apoio energético de Marrocos e França para acelerar a normalização.
O incidente ocorre semanas após um grande apagão no Reino Unido, alimentando preocupações sobre a segurança das infraestruturas europeias. A vice-presidente da Comissão Europeia, Teresa Ribera, classificou o episódio como “um dos mais graves dos últimos anos”.
Enquanto as equipes técnicas trabalham para restabelecer a energia, milhões ainda podem enfrentar a noite no escuro. As autoridades reforçam a importância de evitar alarme e garantir que os recursos de emergência sejam direcionados a quem mais precisa. A situação serve como alerta para a vulnerabilidade das redes elétricas em um momento de crescente tensão geopolítica.