Hoje, 7 de maio de 2025, o mundo volta seus olhos para o Vaticano, onde 133 cardeais eleitores iniciaram o conclave na Capela Sistina para escolher o sucessor do Papa Francisco, falecido em 21 de abril. A Igreja Católica enfrenta um momento decisivo, e a eleição do novo pontífice é aguardada com expectativa por milhões de fiéis.
A jornada começou às 5 horas, horário de Brasília, com a Missa Pro Eligendo Romano Pontifice na Basílica de São Pedro, um rito solene que pede orientação divina. Por volta das 11 horas e 30 minutos, os cardeais seguiram em procissão para a Capela Sistina, onde fizeram juramentos de sigilo e iniciaram as votações. O processo é meticuloso: cada votação exige que o eleito alcance dois terços dos votos, ou seja, pelo menos 89. Após cada sessão, as cédulas são queimadas, e a fumaça na chaminé da Sistina indicará o progresso — preta, se não houver papa; branca, se a escolha for feita. A primeira fumaça é esperada entre 14 horas e 15 horas de hoje, mas o conclave pode se estender por dias. Recentemente, as eleições papais têm sido rápidas, como em 2005 e 2013, que duraram dois dias, mas alguns cardeais preveem que a diversidade dos eleitores, vindos de 71 países, pode prolongar as discussões.
A mídia internacional destaca quatro principais favoritos:
- Pietro Parolin, italiano, Secretário de Estado do Vaticano, admirado por sua habilidade diplomática e continuidade com as reformas de Francisco;
- Luis Antonio Tagle, filipino, conhecido por sua proximidade com os pobres, trazendo a possibilidade de um papa asiático;
- Matteo Zuppi, italiano, arcebispo de Bolonha, alinhado ao espírito pastoral de Francisco;
- Jean-Marc Aveline, francês, arcebispo de Marselha, defensor de imigrantes e também próximo do legado de Francisco. O Brasil, com sete cardeais eleitores, tem peso no colégio, mas as chances de um papa brasileiro são pequenas. Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador, é o único brasileiro mencionado como possível candidato, embora sem grande projeção frente aos favoritos internacionais.
A escolha do novo papa não é apenas uma questão religiosa, mas também geopolítica, com impactos na abordagem da Igreja a temas como pobreza, migração e diálogo inter-religioso. Enquanto os cardeais deliberam, o mundo aguarda o anúncio do Habemus Papam, que marcará o início de um novo capítulo para a Igreja Católica.