O Plano Safra 2025/2026, lançado pelo Governo Federal, marca um novo patamar no apoio à agricultura brasileira. Com um volume recorde de R$ 516,2 bilhões, o programa se consolida como o maior da história, oferecendo crédito robusto para custeio, comercialização e investimentos no campo. A iniciativa reflete o compromisso do governo em atender à crescente demanda por recursos, promover a sustentabilidade e assegurar o abastecimento interno, além de fortalecer a posição do Brasil no mercado internacional de commodities agrícolas.
O programa deste ano traz avanços significativos, especialmente no aumento dos recursos equalizados, que saltaram de R$ 92 bilhões para R$ 113 bilhões, um crescimento superior a 20%. Esse incremento, acima da inflação, garante taxas de juros mais acessíveis em um contexto de Selic elevada, fixada em 15% ao ano. Para os médios produtores enquadrados no Pronamp, por exemplo, as taxas de financiamento são de 10% ao ano, bem abaixo dos 18% praticados no mercado. Além disso, o limite de renda bruta anual para acesso ao Pronamp foi ampliado de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões, permitindo que mais produtores se beneficiem de condições favoráveis. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou a magnitude do plano, afirmando que a execução pode ultrapassar R$ 550 bilhões com o suporte das instituições financeiras.
Outro destaque é o fortalecimento do setor cafeeiro por meio do Funcafé, que agora permite que produtores do Pronaf e do Pronamp contratem recursos mesmo com contratos ativos no Plano Safra. Essa medida amplia o acesso ao crédito e reforça a competitividade de um dos setores mais estratégicos do agronegócio brasileiro. Na esfera da sustentabilidade, o RenovAgro ganha protagonismo ao financiar iniciativas como prevenção a incêndios, reflorestamento e recomposição de áreas degradadas. Produtores que adotarem práticas sustentáveis, como o uso de sementes para culturas de cobertura do solo ou caminhões-pipa, terão descontos nas taxas de juros, incentivando a preservação ambiental.
O Plano Safra também prioriza a infraestrutura rural, destinando R$ 8,2 bilhões ao Programa de Construção de Armazéns. Produtores que investirem em estruturas com capacidade de até 12 mil toneladas poderão acessar crédito com juros de 8,5% ao ano, facilitando o armazenamento e a comercialização da produção. A expectativa é que o programa formalize cerca de 500 mil contratos de crédito rural, impulsionando uma safra recorde superior a 1,2 bilhão de toneladas, abrangendo grãos, carnes, café, frutas e outros produtos.
Com essas medidas, o Plano Safra 2025/2026 não apenas consolida o papel do agronegócio como pilar da economia brasileira, mas também reforça a segurança alimentar e a competitividade do país no mercado global. A iniciativa demonstra um esforço coordenado para equilibrar crescimento econômico, inclusão de médios produtores e responsabilidade ambiental, pavimentando o caminho para um setor agrícola mais robusto e sustentável.