O Supremo Tribunal Federal (STF) será palco de um importante procedimento na próxima semana, com a realização de uma acareação entre o tenente-coronel Mauro Cid e o general da reserva Walter Braga Netto. A decisão, tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, busca esclarecer pontos divergentes em depoimentos relacionados a uma investigação de grande relevância para o país.
A acareação, marcada para o dia 24 de junho às 10h, na sala de audiências do STF, foi solicitada pela defesa de Braga Netto, que questiona possíveis contradições no depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Cid, que firmou acordo de delação premiada com a Polícia Federal, é uma figura central nas investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Já Braga Netto, preso preventivamente desde dezembro de 2024, é um dos 31 réus acusados no mesmo caso. A determinação judicial estabelece que Braga Netto compareça pessoalmente ao STF, sob monitoramento eletrônico. Ele deverá se deslocar no dia 23 de junho, permanecer em local previamente informado e retornar à unidade prisional logo após o procedimento, sem se comunicar com terceiros, exceto seu advogado.
O procedimento de acareação é uma ferramenta jurídica usada para confrontar depoimentos e esclarecer fatos, especialmente em casos de alta complexidade como este. A decisão de Moraes reforça a importância de avançar nas investigações com transparência e rigor, garantindo que todas as partes sejam ouvidas. A expectativa é que o encontro entre Cid e Braga Netto traga novos elementos para o andamento do processo, contribuindo para a elucidação dos fatos que marcaram um período conturbado da história recente do Brasil.
