Na última sexta-feira, o Oriente Médio foi sacudido por uma nova onda de violência entre Irã e Israel, com ambos os países trocando ataques aéreos em uma escalada que ameaça desestabilizar ainda mais a região. O Irã lançou uma série de mísseis balísticos contra Israel, com explosões relatadas em cidades como Tel Aviv, Jerusalém e Haifa. Em resposta, as forças militares israelenses conduziram bombardeios contra alvos militares em Teerã, intensificando um conflito que começou com ataques israelenses a instalações nucleares e militares iranianas. Milhões de cidadãos israelenses receberam ordens para se abrigar em espaços protegidos, enquanto a Jordânia anunciou o fechamento de seu espaço aéreo em meio ao caos.
A troca de ataques ocorre em um momento de alta tensão diplomática. Negociações nucleares entre os Estados Unidos e o Irã, previstas para ocorrer no domingo em Omã, foram canceladas, conforme anunciado pelo ministro das Relações Exteriores omanense, Badr al-Busaidi. Um alto funcionário americano, falando sob anonimato, expressou esperança de que o Irã retorne à mesa de negociações em breve, mas o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Aragchi, classificou as tratativas como “injustificáveis” após os ataques israelenses. A comunidade internacional, incluindo a chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, pediu moderação para evitar uma guerra em larga escala.
Relatos de agências iranianas sugerem que um drone israelense teria atingido uma fábrica de processamento de gás natural no campo de South Pars, marcando, se confirmado, o primeiro ataque de Israel à infraestrutura energética do Irã. A extensão dos danos ainda não foi esclarecida, mas a ação, se verdadeira, representa uma nova frente de escalada. Israel tem direcionado seus ataques a sistemas de defesa aérea iranianos, enquanto o Irã insiste que seu programa nuclear tem fins pacíficos. No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) censurou o Irã na quinta-feira por descumprir obrigações de não proliferação, apontando que o enriquecimento de urânio em níveis próximos ao necessário para armas nucleares aumenta as preocupações globais.
O conflito, que já deixou dezenas de mortos e centenas de feridos em ambos os lados, segundo autoridades iranianas e israelenses, continua a alimentar temores de um confronto regional mais amplo. Líderes mundiais intensificaram os apelos por desescalada, mas as declarações de ambos os lados sugerem que novos ataques podem estar por vir. A situação permanece volátil, com o risco de consequências devastadoras para a estabilidade do Oriente Médio.
