Em 2023, o Brasil enfrentou um cenário de violência que, embora mostre sinais de redução, permanece profundamente preocupante. Segundo dados recentes, o país registrou 45.747 mortes violentas, uma média de 125 óbitos por dia. Apesar do número elevado, ele reflete uma queda em relação aos anos anteriores, indicando avanços em políticas públicas e mudanças demográficas que começam a moldar um panorama menos sombrio.

O Atlas da Violência 2025, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), aponta que o número de homicídios em 2023 é o menor desde 2019, quando 45.503 casos foram registrados. Comparado ao pico de 2017, com 65.602 mortes, a redução é significativa, chegando a cerca de 30%. Desde 2013, quando o estudo começou a fazer comparações, o total de homicídios caiu 20,3%, passando de 57.396 para o patamar atual. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes, que leva em conta o crescimento populacional, também atingiu seu menor nível em 31 anos: 21,2, contra 21,7 em 2022 e um pico de 31,8 em 2017. Para ilustrar essa evolução, a tabela abaixo apresenta os números de homicídios e as taxas por 100 mil habitantes entre 2013 e 2023:

AnoNúmero de HomicídiosTaxa por 100 mil Habitantes
201357.39628,8
201460.47430,1
201559.08029,1
201662.51730,6
201765.60231,8
201857.95627,9
201945.50321,7
202049.86823,6
202147.84722,5
202246.40921,7
202345.74721,2

Dois fatores principais explicam a tendência de queda. O envelhecimento da população reduz a proporção de jovens, grupo mais associado à violência, enquanto políticas de segurança mais qualificadas, baseadas em inteligência e planejamento, substituem abordagens repressivas tradicionais. Estados como São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal se destacam com as menores taxas, enquanto Amapá, Bahia e Pernambuco lideram negativamente. No entanto, a violência armada continua sendo um desafio central. Em 2023, 71,6% dos homicídios foram cometidos com armas de fogo, totalizando 32.749 casos. Apesar de uma queda expressiva em relação a 2017, quando 49 mil mortes envolveram esse tipo de armamento, a prevalência de armas permanece alta, especialmente em estados como Amapá e Bahia. O estudo também levanta preocupações sobre os chamados homicídios ocultos, casos não registrados adequadamente nos sistemas oficiais. Estima-se que, entre 2013 e 2023, cerca de 51.608 mortes tenham passado despercebidas, elevando a taxa real de homicídios para 23 por 100 mil habitantes. São Paulo, por exemplo, teve sua taxa ajustada de 6,4 para 11,2 por 100 mil habitantes após a inclusão desses casos, perdendo o posto de estado menos violento para Santa Catarina.

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A redução nos índices de homicídios é um progresso inegável, mas o Brasil ainda enfrenta uma crise de violência que exige ação contínua. A combinação de políticas preventivas, melhor gestão de segurança pública e controle rigoroso da circulação de armas será essencial para consolidar esses avanços e reduzir ainda mais o impacto da violência na sociedade.

Fonte: Agência Brasil

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