O boxe brasileiro perde uma de suas maiores lendas. José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, faleceu aos 66 anos após lutar por quase duas décadas contra a encefalopatia traumática crônica. Seu falecimento marca o fim de uma era no esporte brasileiro, onde o carismático peso-pesado conquistou títulos e o coração de muitos fãs.
O anúncio da morte de Maguila foi feito por sua esposa, Irani Pinheiro, nesta quinta-feira (24). O ex-pugilista, que estava internado em uma clínica de repouso em Itu, São Paulo, enfrentava há anos as complicações da encefalopatia traumática crônica, uma doença degenerativa causada por repetidos impactos na cabeça, também conhecida como “demência do pugilista”. Recentemente, um nódulo no pulmão agravou seu estado de saúde, levando a uma internação prolongada e complicações que resultaram em sua morte.
Com um cartel impressionante de 85 lutas, das quais venceu 77, sendo 61 por nocaute, Maguila se tornou um dos maiores nomes do boxe na América Latina. Ele conquistou importantes títulos, como o Brasileiro, Sul-Americano, e Continental das Américas, além de brilhar internacionalmente com vitórias marcantes que levaram o boxe brasileiro ao cenário mundial.
Além dos feitos no ringue, Maguila era conhecido por seu carisma e generosidade. Ele usava sua fama para defender causas sociais, ajudando os menos favorecidos e inspirando novas gerações de boxeadores. Seu legado vai além dos cinturões, tocando a vida de muitos brasileiros que o viram como um exemplo de perseverança e superação.
Diversas entidades, incluindo a Confederação Brasileira de Boxe, o Ministério do Esporte e o Comitê Olímpico Brasileiro, prestaram homenagens a Maguila, reconhecendo sua importância não apenas para o esporte, mas para a cultura popular brasileira. O ex-pugilista Acelino Freitas, o Popó, também se manifestou, chamando Maguila de “eterno campeão”.
Maguila deixa um legado imenso para o esporte brasileiro e será eternamente lembrado como um dos maiores ícones do boxe. Sua força, tanto dentro quanto fora do ringue, inspirou e continuará a inspirar gerações de atletas e fãs. O Brasil perde um ídolo, mas sua trajetória permanece viva nas memórias de todos que acompanharam sua carreira vitoriosa. Descanse em paz, campeão.
