Fonto: Amazoniareal

Manaus, AM – O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE/AM) entraram com uma ação de proporções históricas na Justiça Federal, exigindo uma indenização de impacto de R$ 4 bilhões após a chocante tragédia que abalou Manaus em janeiro de 2021. A crise, um verdadeiro genocídio por falta de oxigênio medicinal durante a segunda onda da pandemia de covid-19, ceifou inúmeras vidas e deixou um rastro de sofrimento e dor.

A ação judicial busca responsabilizar a União, o estado do Amazonas e o município de Manaus pela negligência que resultou na escassez letal do insumo vital nos hospitais da região. De acordo com informações angustiantes, dezenas de pacientes perderam suas vidas devido à escassez cruel de oxigênio, um direito básico negligenciado pelas autoridades responsáveis.

Para além das cifras astronômicas, os órgãos exigem medidas contundentes de reparação e justiça. Além das indenizações, a ação solicita a implementação de mecanismos de Justiça de Transição, visando lidar de forma adequada com as violações dos direitos humanos. Entre essas medidas, destaca-se a realização de audiências públicas e a construção de memoriais físicos e virtuais em homenagem às vítimas, além de programas de amparo aos familiares enlutados.

Segundo relatos estarrecedores, a falta generalizada de oxigênio medicinal a partir de 14 de janeiro de 2021 mergulhou Manaus em uma verdadeira tragédia humanitária. O Sindicato dos Médicos do Amazonas estima que cerca de 60 pessoas pereceram por asfixia apenas neste dia fatídico. A omissão criminosa da União, do Estado do Amazonas e do Município de Manaus no planejamento e ação contra a pandemia de covid-19 é flagrante e merece punição exemplar.

As demandas de indenização são justificadas pela gravidade dos fatos. O MPF e a DPE/AM requerem que os responsáveis sejam condenados a pagar R$ 1,6 bilhão por danos individuais homogêneos, além de R$ 2,4 bilhões por danos sociais e morais coletivos. Os órgãos também exigem, em caráter liminar, o reconhecimento imediato da responsabilidade, incluindo um pedido público de desculpas às vítimas e seus familiares enlutados.

Outro ponto crucial é a transparência. Exige-se que a União, o estado do Amazonas e o município de Manaus forneçam informações precisas sobre os eventos relacionados à crise de oxigênio, a fim de dissipar qualquer sombra de dúvida e garantir que a memória das vítimas seja respeitada.

Esta tragédia não pode ser esquecida. O Brasil carece de políticas voltadas para a construção de uma memória coletiva, essencial para evitar a repetição de eventos tão devastadores. Nesse sentido, a construção de um memorial físico e virtual é vital para honrar a memória dos que partiram e garantir que suas histórias não sejam apagadas.

Anúncio de Refinanciamento com Transição Automática
Imagem de refinanciamento Imagem de unificação
Crédito Rural
SOLICITE CRÉDITO
Financiamento de Veículos 100% Digital

Financie Seu Carro

SIMULE AGORA
Crédito Rural
SOLICITE CRÉDITO
Anúncio de Refinanciamento com Efeito de Revezamento
Imagem de refinanciamento Imagem de unificação

As investigações do MPF revelaram uma série de omissões do poder público, desde a falta de contratação adequada de oxigênio medicinal até a ausência de planejamento para a remoção de pacientes em estado crítico. A negligência e a falta de coordenação custaram vidas preciosas e exigem justiça.

Esta é uma história de dor, negligência e luta por justiça. Manaus chora suas vítimas, e o Brasil clama por responsabilidade e reparação. Que este capítulo sombrio não seja esquecido, e que os responsáveis sejam finalmente chamados a prestar contas por seus atos hediondos.

Fonte: MPF

Silvano Saldanha/JN Libertti

Avatar de rede33

Deixe seu comentário:

Este formulário de contato está disponível apenas para usuários conectados.

By rede33

error: Esse conteúdo está protegido por direitos autorais!